sábado, 19 de julho de 2014

Relicário

Ele invadiu um dia

Que prometia ser uma lástima

Ela lembrava de outro dia outra data

Aquela não fazia sentido

E o que guardava no peito volveu

E ele invadiu a noite

Ela acolheu as lembranças, papel e caneta

Uma promessa de nunca o deixar

A promessa de nunca esquecer

Aquilo doeu

A glória que aliviava a dor

Era acreditar noutras vidas

Prometeu então viver

E noutra vida,um grande amor

Tentou lembrar-se do ultimo beijo

Falhou a memória e uma promessa

Condenou-se a morte

No epitáfio proferia

Sobre alguém que morreu de amor