sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Blá blá blá...

Estou muito down. Irrito-me quando escrevo em inglês.
Nem ligue, eu sou irritante.
O Mundo, ou melhor, as pessoas ao meu redor continuam fedendo.
Ando escrevendo coisas não construtivas...
Ontem desenhei um “quadrinho” muito medonho...
Consegui ouvir James Taylor enquanto lavava as louças...
Estou sem dormir fazem umas 25 horas e ainda estou sem sono.

Blá blá blá...


Veja esta letra...

Tudo se acaba.
Olha o noticiário!
Água se acaba.
Se acaba a prece do vigário.
E eu quero ser a mendiga suja e descabelada
Dormindo na vertical.
Entender como a vida de alguém
Se acaba antes do final.

Prefiro Lou Reed do Velvet Underground.
Gosto de Silvia Plath, S.Eliot,
Emily Dickinson, Lucinda,
Délia, Manoel de Barros ficam eternos por mim.

Esqueço a crise da Argentina
Quebrando o pau com a menina no sinal
Em castelhano, ê
Eu furo os planos, ê
Eu furo o dedo, eu ando vendo
Examinando, eu lanho o braço
Aperto o passo. Não sou louca!
É...

Tomei um tiro
No vidro do meu carro
É a pobreza
Tirando o seu sarro
Foi meu dinheiro
Foi meu livro caro
Que façam bom proveito
Da grana que roubaram
Porque eu trabalho
E outro dinheiro eu vou ganhar

Tomei um táxi
O motorista, mexicano,
Veio falando sobre o onze de setembro.
Havia um homem na calçada lendo o "Código Da Vinci"
Ou lia o código da venda?

Na parada havia um peruano
Cheio de badulaques, ô
Vendendo Nike, ô
Vendendo bike, Coca Light, canivete
Aceita cheque pros breguetes.
Notícias do Iraque na Tv da lanchonete.

Notícias populares
Voam pelos ares

E amanhã, meu nêgo, ninguém sabe
Se alguém recua ou se alguém invade
Se alguém tem nome ou se alguém tem fome.
Que façam bom proveito
Do pouco que restar
Se tanta gente vive
Só com o que dá pra aproveitar.

Tudo se acaba.
Olha o noticiário!

Ana Carolina- Notícias Populares

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

...

Doce pertubação dessa presença,
Alvoroçando meus cinco sentidos...
Como quem entra na convalença,
Ouço grito de luz, vejo ruidos...

Fino clarão dos olhos comovidos
Tremor das mãos, que não sei como venço,
Um zumbido de abelhas nos ouvidos...
Doce pertubação dessa presença...

E a palidez do rosto, o incerto riso
Eu me comovo tanto que eu não sei como
Resisto vê-lo só de improviso

É moléstia sutil, mansa tortura
Já de vencê-la, enfim desesperei
Da pertubação que não tem cura!


...

Quando este amor nasceu brotaram flores,
Surgira sóis, esplandeceram luares,
Ouvi-se a voz dos pássaros cantores,
Pulsou mais forte o coração dos mares.

Ressucitando em pompos singulares
- Alva de espuma e Deusa dos amores,
Venus surgiu do mar das minha dores
Para a consagração dos meus altares

Velha mansão desabitada, abriu-se
A alma ao fulgor do louro sol radioso
E a asceta amarga, olhando as coisas, riu-se

Houve um silêncio de êxtase fecundo:
Porque este amor nasceu tão milagroso
Que do seu clarão trasfigurou-se o mundo!

Carpe Noctem...

Quero que sejas meu carrasco e minha foice,
Sejas calma, não te afoite...
Aproveite meu pescoço centimetro-a-centimetro e quando o sangue vier: Abre bem a boca!
Sinta o sal que não é de lágrima, atente para a maciez morna que não é de carinho;
Carpe diem baby... Carpe Noctem...

Alllllllan.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Well, I'm beginning to see the light.

Gênio maligno,
Ela é radiante
Assim como o sol
Ela fulge, cintila muito
Sem muito que dizer ela ridiculariza
Tem algo místico no olhar,
Nem Descartes...
O sorriso é o mais encantador
Ninguém...
Nenhum francês...
Tu ne quaesieris, scire nefas!
Nem Caravaggio em suas pinturas poderia aclarar...


Miss Dogma



"Well, I'm beginning to see the light.
Well, I'm beginning to see the light.
Some people work very hard,
but still they never get it right.
Well, I'm beginning to see the light.
I wanna tell all you people, now.
Now, now, baby, I'm beginning to see the light.
Hey, now, baby, I'm beginning to see the light.
Wine in the mornin', and some breakfast at night.
Well, I'm beginning to see the light... " The Velvet Underground

domingo, 7 de dezembro de 2008

Vá ler um livreco, vá!

Não fique aí ou aqui, vá ler um livreco! Qualquer cu estereotipado deve ser bem melhor do que os meus monólogos, afinal, eles não falam sobre nada, querem dizer pouco, não têm estenografia alguma e são hipnóticos et cetera, blá blá blá

Aqui, eu realmente não irei dissertar a mesma babaquice de sempre, mas receio informá-los que isso pode acontecer a qualquer momento, pois apesar de nós seres humanos sermos diferentes uns dos outros, conseguimos e conseguiremos ser sempre perfeitamente iguais!
Entendem o que quero dizer? Espero um espalhafatoso “sim”.
Sou carente. Pessoas carentes têm uma prostituta necessidade de… e também de… e…et cetera, Ah! Isso aqui não passa de um estuprado monólogo interior.
Sim! Estou me sentindo só. Estou só.
Ou não. Por qual razão deveria eu me sentir só? Esta letra, assim como tudo e todos que me cercam, é intermitente, então nesse exato momento, tenho o direito de parar de escrever e procurar alguém para não me sentir mais só.
Oh, Meu Deus! (veja bem, eu nem tenho um)
É nítido que a essa hora nenhum ser, nem mesmo o mais pomposo, vá querer me escutar. Por este motivo e outros bilhões, que são parecidos com proclamas de casamento, irei continuar com esse meu monólogo imane sem conteúdo.
Ops! Estou saturada de minhas auto-depreciações…
Essa, por um acaso, é a hora em que eu deveria principiar elógios à mim mesma?
Abre parênteses…
Sabe o que mais me irrita nos monólgos? Não!! Se pensou que eu falava dos elogios, errou. Queria mesmo é fazer uma observação acerca das porras das perguntas que nunca serão respondidas.
Perguntas idiotas.
Perguntas prostitutas!
What pétreo. Não!? Mas acredito que ninguém nunca irá respondê-las..
Isto suou mórbido.
A verdade que pode desencadear mais dúvidas é que eu adoro essas “dúvidas eternas” que duram aproximadamente 10 segundos, que nos fazem perder alguns gramas ou alguma sanidade mental.
Não é atoa que fui apelidada “Miss Dogma!”
Tudo que é dogmatico e intimista me atraí.
Não estou com nenhuma vontade de escrever a meu respeito, dou a vez para aqueles que entendem o quê, para quê, para quem escrevem.
Não sei mesmo o motivo pelo qual disse que estou sem vontade de falar sobre mim, tenho certeza absoluta de que nas linhas anteriores dessa letra já dexei perspícuo até qual é a cor da minha calcinha.
Isso aqui vai acontecer todas as vezes.
E todas às vezes irei eu borrar palavras...

“Here comes the ocean and the waves down by the sea”

Hey.
Eis que surge das chamas do medíocre mais um Blog
Não sei se esse vai durar muito
Era para eu criar e começar a escrever aqui em 2009, mas a ânsia surge do nada!
Ou do tudo,
Do tudo espivitado e desairoso.
Bom desta vez eu sei…
Não vou mais apagar essas minhas manifestações.
Buahahaha!

Miss Dogma