sábado, 4 de junho de 2016

Resposta ao "Luto"

Essa vida que estamos dispostos a enxergar fala conosco quando também estamos dispostos a ouvir.
Muitos já perecem diante dela e por isso permaneço poetisa, pra poetizar o presente que é a vida e torná-la eterna, apreendendo sua beleza na revelação de meus poemas e morrendo mais de uma vez todos os dias:
Hoje estou de luto e a morte na poesia também é dor.
A angústia também agarra a garganta, emudecendo a voz que mesmo morta ainda é capaz de viver em meus versos.
Eu morri. E peço pra que me leia e leia minha morte em voz alta e vença assim a guerra que não sou e jamais serei capaz de vencer, a batalha contra a mim mesma.
Eu morri. E peço pra que sorria mesmo assim, com o sorriso que te dou pra vestir sem saber se ao menos irá te servir. Caso não caiba em lugar algum, saiba que ele ainda morará nesses versos...
E peço também que não tenha medo de vesti-lo, pois o importante não é o medo que passou a existir, e sim esse sorriso que já existe antes mesmo de você sorrir.
Eu morri. E não há culpado, já que depois de morta me livrei da culpa de viver.
Se nos culpamos pra nos livrar da culpa que é morrermos diante a vida, continuarei morrendo até que eu não negue o criador de minha própria vida.

Todo o Resto

Difícil é não ficar indócil 
Desejando não lagar o osso 
Querendo você 
Me querendo
Vou te contar um segredo:
Quando te vejo
Do certo ou errado
Você me parece
Ser todo o resto

Deixo você ir

Sempre te amei
A ponto de deixar você ir
Já que eu em nossa linha tênue
Não te faria apenas sorrir
E de toda dor que já viveu
Eu não seria mais uma...
Prefiro morrer mil vezes pra você
Do que te querer só pra mim
Já que foi a tua liberdade
Que me fez te amar assim

ÁRVORES

Estão aqui. Grandes ou pequenas. Embelezando o visual. Outras mais que isso. Algumas se firmando e crescendo, fazendo o seu mais simples papel nessa vida: ser. Gosto das mais velhas, aquelas que provam que velhice nada tem a ver com o Fim.

terça-feira, 31 de maio de 2016

Amor à flor da pele

Gosto de seduzir até
Viver
Sem culpa
Sem medo
Sem nenhum pudor
Até que na dor de ser eu mesma
A vida seja assim
Amor à flor da pele...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

CARNAVAL DE SENTIMENTOS



Todas vezes que você ameaça voltar pra minha vida meu coração dispara.
Consigo num piscar de olhos lembrar de toda a nossa história e de como parece que ela não tem fim.

Sou capaz de lembrar do seu cheiro e do seu sorriso que tão grande quanto o meu amor por você, me faz rir. Rir de mim, da maneira como me perco em você. Rir desse amor que me enche de medo. Tenho um medo de te ter e um dia te perder pra sempre. Sempre pensei que seria uma dor menor essa que é não saber dos seus dias. Não saber se seu sorriso continua a iluminar o quanto pode. Ou se a escuridão pode ter tomado conta do seus dias e você achou que não valeria a pena viver. Imaginar isso dói. E me faz pensar que é isso: escolhi não fazer parte da sua vida porquê eu não sei se eu aguentaria ver você sofrer. Não sei o quanto isso é egoísta, mas imagino que você tenha concordado quando aceitou esse amor que vai e volta. E quanto a esse amor, tudo bem. Quanto a esse amor estamos preparados. Mas, hoje, eu gostaria de saber, e se eu decidisse ficar?

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Seu beijo minha prisão



Seu beijo E a eternidade Se faz presente Sem aversão ao tempo Ou coisa que pudesse Nos distanciar E prendo a liberdade De meu sorriso Em seu olhar Que prova que ser livre Parece ser a melhor prisão..

Mais do mesmo

Desculpe tanto você Nas frases E versos Desculpe querer mais Uma vez Fingindo não querer Todas as vezes

O que a saudade faz

Que saudade! Me coloco Ligeiramente Em sua freqüência Mari, café e um beijo No corpo, Uma dormência Janis perde o tom Pode ser isso Ou é meu coração Que sobrepõe Tudo e qualquer som

Nasceu do seu olhar

Agora é fácil Tão fácil quanto Te sentir me olhar E perder o eixo Como quem perde O medo de ser feliz E sorrio outra vez Dessa vez você me beija E agora é fácil Como esse poema Que nasceu Do seu olhar