quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

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Quando este amor nasceu brotaram flores,
Surgira sóis, esplandeceram luares,
Ouvi-se a voz dos pássaros cantores,
Pulsou mais forte o coração dos mares.

Ressucitando em pompos singulares
- Alva de espuma e Deusa dos amores,
Venus surgiu do mar das minha dores
Para a consagração dos meus altares

Velha mansão desabitada, abriu-se
A alma ao fulgor do louro sol radioso
E a asceta amarga, olhando as coisas, riu-se

Houve um silêncio de êxtase fecundo:
Porque este amor nasceu tão milagroso
Que do seu clarão trasfigurou-se o mundo!

Um comentário:

Monty Cantsin disse...

Belo soneto, posso estar errado mas achei bem iluminado. (rima inconsciente)